A descoberta do Buda – Fora da lei

Sutra: Não viva no mundo distraído e em falsos sonhos, fora da lei.

Osho: Sua mente está continuamente criando distrações. Observe sua mente e você compreenderá o que Buda está dizendo. Ela nunca lhe permite se sentar silenciosamente, nem mesmo por alguns momentos. Se você se sentar silenciosamente, ela diz: “Por que não ouvir rádio? O jornal já deve estar aí, o correio já pode ter chegado. Por que não ir ao cinema? Por que não ver TV?”. Se você está em uma loja, a mente diz: “Vá para casa, descanse – você está cansado”. Se você está em casa, a mente diz: “O que você está fazendo aqui, perdendo seu tempo? Vá as compras – você poderia ter ganho algo com isso!”

A mente nunca deixa você ficar onde está, ela nunca deixa você ver as coisas como elas são. Ela está sempre levando você para outro lugar, quer para o passado, quer para o futuro; ela nunca lhe permite estar presente. Ou ela quer arrastá-lo para dentro das lembranças – que são nada além de pegadas na areia do tempo – ou ela o arrasta na direção do futuro: grandes projeções, grandes expectativas, desejos, objetivos… E você fica muito envolvido com isso tudo – como se tivesse alguma realidade! E a realidade está escapando das suas mãos enquanto você está ocupado com todas essas viagens ao passado, ao futuro.

A mente jamais lhe permite e jamais lhe permitirá ver aquilo que existe: ela sempre o leva para aquilo que não existe.

Um dos nomes de Buda é Tathagata – aquele que vive naquilo que é, aquele que ficou livre de todas as distrações da mente. E o milagre é que a mente consiste somente em distrações; assim, uma vez que você se livre de todas as distrações, não sobra mente nenhuma. No presente não há nenhuma mente. No presente há somente consciência, percepção, observação.

Viva o mundo, mas não por meio da mente. Não deixe o passado ou o futuro se interpor entre você e a realidade. E, se você puder conseguir o estado de não-mente mesmo por alguns momentos – nisso se resume a meditação –, você se surpreenderá: de repente, você está no ritmo da existência. Você saberá o que Buda chama de aes dhammo sanantano – a lei eterna.

Raoni Duarte: Somente o amor existe, essa é a lei.

E dentre as propriedades do amor, dentre as suas subfrequencias, estão a da liberdade e da compreensão.

Isso quer dizer que, cada ser, ao atingir a autoconsciência, tem a opção de agir através do seu livre arbítrio, de trilhar seu caminho através das próprias escolhas.

E na Terra da terceira dimensão, nós, como coletivo, optamos por viver sob os domínios do ego e, onde há ego, há negação ao amor.

Somos uma sociedade que vivencia o individualismo em todas as suas frentes, a densidade da terceira dimensão, aliada à nossa limitada percepção cerebral, fundamentou nossa falsa ideia de separação, dessa forma, nos tratamos como se não fossemos partes do mesmo Todo, como se, realmente, não estivéssemos todos interligados.

A partir dessa crença, vivemos correndo atrás dos sonhos criados pelo ego, nos perdemos na ilusão da felicidade conquistada a partir da matéria – do ter e não do ser.

Existe um plano de vida padrão onde diz que: você tem que ter um bom diploma, ter um bom emprego, ter bastante dinheiro, constituir família, ter uma velhice confortável e, assim, chegar ao “fim”. E se você não despertar, se você não se enxergar em meio a isso tudo, viverá vidas e vidas repetindo os mesmos padrões, andando para lá e para cá perdido, doando sua energia vital em troca de alguns poucos momentos de prazer.

As pessoas acreditam que se adequar a sociedade, que cumprir as leis criadas pelo homem, é estar agindo de acordo com o que é “certo”, do que é a verdade. Acontece que as leis criadas pelo homem são o reflexo do não cumprimento das leis universais, o não cumprimento do amor.

O que quero dizer é: você pode até estar quites com as leis que regem seu país, no entanto, toda vez que você reclamar, estará infringindo a única e verdadeira lei, estará infringindo o amor, pois, onde há amor, não há reclamação, há aceitação, compreensão e gratidão.

Você pode até ser considerado politicamente correto, o exemplo de cidadão enquadrado na sociedade, porém, toda vez que você desejar o mal ao próximo, estará infringindo a única e verdadeira lei, pois, onde existe amor, não existe negatividade, existe compaixão, respeito e unidade.

“Não viva no mundo distraído e em falsos sonhos…”

Não se permita cair nas ilusões do ego, mantenha-se atento, consciente.

Viva alinhado com a única lei que existe, viva no amor.

Busque conhecimento, emita amor, seja Luz!

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Uma resposta

  1. Me desculpe por dizer mas em relaçao ao ego acho que voces pecam um pouco, aonde é ego existe uma personalidade, alguem tentando ser, isso nao interfere no amor, aonde há ego há amor, odio, e qualquer outro sentimento, o ego nada mais é que uma personalidade criada pela consciência

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