Mecanismos do ego – Advogando a favor do ego


Amados irmãos, nesse nosso primeiro texto da série mecanismos do ego, gostaria de reforçar uma visão que foi abordada no texto Sobre o ego.

O primeiro passo a ser dado na caminhada de compreensão e transcendência do ego, é compreendermos que ele não é nosso inimigo, que ele não quer nos prejudicar, que ele não quer nosso mal.

O ego é o arquétipo da individualização, é a individualização perfeita. É ele quem nos mantém diferentes uns dos outros, é ele quem garante a nossa existência, é ele quem nos torna uma parte do Todo.

Na clássica analogia onde Deus é o oceano e nós as gotinhas, o ego é a membrana que encobre a gotinha, é a película que mantém a gotinha no formato de gotinha.

O que eu quero que vocês compreendam, amados irmãos, é que assim como todos nós temos nossa Centelha Divina, que é o recheio, o conteúdo da gotinha, todos nós temos nosso ego, a película que encobre a gotinha, a energia de individualização que sustenta a nossa existência.

Então, dentro de nós, existem dois “eu’s”: um “eu” Centelha Divina, puro amor incondicional, e um “eu” egóico, que tem como objetivo garantir a nossa individualização. E o que precisa ficar claro, meus amados, que pensar de forma individual é a função do ego, é papel fundamental dele pensar em separação.

E é aqui que está o grande insight: para que você se tornasse uma gotinha única em todo o oceano, é preciso que dentro de você exista uma energia de individualização, uma energia de separação. E esse fato se trata de uma estrutura técnica utilizada para que seres individualizados pudessem vir a existir. Agora, não é por que essa energia existe dentro de nós, que precisamos agir de acordo com ela.

O que estou querendo dizer, meus irmãos, é que somos capazes de compreender que o ego precisa pensar de forma individual, que essa é a razão de existir dele, mas que somos nós que estamos no comando. Você pode “usá-lo” a seu favor, se tornando a gotinha mais oceano que você pode ser, ou então você pode se identificar com ele, entrar na viagem que você é somente uma gotinha, começar a pensar de forma individual, criar a falsa sensação de separação de Deus, o oceano, e, a partir daí, criar um mundo de sofrimentos, de traumas e mais traumas.

Então quando eu digo que é o ego quem gosta de sofrimento, que é o ego quem julga, que é o quem sente medo, o que quero dizer, na verdade, é que é a partir de uma consciência que se identifica com o ego, que se identifica com a forma de pensar individualizada, que a falsa sensação de separação da Fonte passa a existir, e então, você passa a vivenciar situações de medo, de sofrimento.

Não é o ego quem sugere para você o sofrimento, não é ele quem te induz ao medo. É a pouca consciência do ser que o leva a agir como se fosse somente o ego, como se o recheio da gotinha, a essência do oceano, fosse a individualização e não o amor.

O que eu quero que vocês compreendam, amados irmãos, é que a membrana da gotinha, o ego, assim como o recheio da gotinha, a Centelha Divina, são igualmente feitos do oceano, feitos de amor. O que eu quero dizer, é que o ego pensar de forma individualizada não é um ato não-amor, na verdade, é o gesto mais amor que ele pode ter, é a essência dele.

Meus amados, nossa jornada de compreensão dos mecanismos do ego será uma jornada de autorresponsabilidade. Nós somos seres autoconscientes, somos capazes de nos estudar, de compreender nosso funcionamento e, a partir dessa consciência, agir de acordo com nossa Centelha Divina, de dar espaço para o Deus em nós.

Os temas que serão abordados, são as principais armadilhas que caímos ao nos identificarmos com o ego, ao passarmos a agir a partir de uma consciência que acredita na separação.

Um ótimo estudo a todos!

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